Nós, psicólogos (ou estudantes), temos a estranha mania que querer que todo mundo tente se entender e se compreender ao máximo possível.
O problema é que normalmente só a gente está preocupado com esse processo, e a necessidade de fazer com que os outros passem por experienências que consideramos contrutivas, as vezes degastam nosso relacionamento com o mundo normal.
Porque com certeza não somos normais.
Uma amiga, muito ressentida com o namorado, veio me pedir conselhos. Eu, muito sorrateiramente, respondi que ela tinha um problema de estrutura.
O que importa pra ela a estrutura? Absolutamente nada.
(Tudo bem que ela faz psicologia, e eu ajudei-a a ver o problema, mas isso não necessariamente vem ao caso)
Tenho pensado muito sobre essa questão de aprender a conviver com as pessoas que simplesmente estão preocupadas com tudo menos com o processo de auto conhecimento, e a descoberta do próprio funcionamento psiquico.
E nós, amantes da psicanálise, podemos começar parando de exigir isso delas.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
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